quinta-feira, maio 28, 2009

Serviço Casa Pronta chega às mediadoras imobiliárias

APEMIP disponibiliza tudo dia 4 de Junho. Todas as operações relativas à compra e venda de habitação num só balcão.

O Serviço Casa Pronta vai chegar à Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP). Esta entidade vai inaugurá-lo com a Secretaria de Estado da Justiça no próximo dia 4 de Junho.

A iniciativa visa a agilização do processo de compra e venda de habitação, num só balcão. Numa primeira fase estará disponível apenas nas sedes oficiais da APEMIP e, numa segunda fase, chegará às empresas de mediação imobiliária.

Neste único balcão, o utilizador poderá realizar todas as operações relativas à compra e venda de habitação (celebrar o contrato de compra e venda, pedir a isenção de pagamento do imposto municipal sobre imóveis, realizar registos, etc.), sem necessitar de se deslocar à conservatória do registo predial ou a qualquer outro serviço público.

De acordo com o secretário de Estado da Justiça, João Tiago da Silveira, «verificamos a deslocação dos serviços para onde o cidadão mais precisa, reduzindo-se não só no tempo dispendido pelas pessoas em deslocações, como em valores de custos e encargos decorrentes».

segunda-feira, maio 11, 2009

Tata vai lançar a casa mais barata do mundo

Primeiro complexo residencial está em construção.Apartamentos de 26 m2 por menos de 6 mil euros.

A indiana Tata, que criou o carro mais barato do Mundo, o Nano, prepara-se para lançar também a casa mais barata do Mundo, noticia a BBC.

O objectivo da empresa é construir e vender as casas mais baratas do mundo para populações de baixos rendimentos em Mumbai (antiga Bombaim).

As casas do empreendimento «Casas Nano», a Tata Housing, empresa do Tata Group, serão colocadas à venda a partir de 390 mil rupias (cerca de 5.895 euros). Alguns destes apartamentos, de apenas 26 m2, contam com uma única assoalhada, onde sala, cozinha e quarto ocupam o mesmo espaço.

Mas outras opções, mais caras. Os apartamentos com 43m2 contam com cozinha e quarto separados e estarão à venda por 670 mil rupias (10.127 euros).

O conceito Nano, usado nos carros e agora nas casas, destina-se a famílias pobres que sonham com automóvel e habitação próprios. «Esta é uma grande oportunidade para servir aqueles que estão na base da pirâmide», disse Brotin Banerjeee, director da Tata Housing. «A nossa inspiração são os milhões de indianos que não podem comprar as suas casas e que moram nas favelas», explicou.

O primeiro complexo residencial de Casas Nano está em construção em Boisar, uma pequena cidade situada e 96 km de Mumbai. Contará com mil residências, hospital, escola, parque infantil e jardins. A Tata espera obter lucros de até mil milhões de rupias (15 milhões de euros) logo na primeira fase do projecto.

No final do ano, o objectivo da empresa é estender o projecto à capital, Nova Deli, e a Bangalore.

quinta-feira, maio 07, 2009

Dolce Vita Tejo abre em plena crise mas com 99% de ocupação

Cria dez mil empregos indirectos e cinco mil directos.Retorno do investimento chega daqui a 15 anos.

O Dolce Vita Tejo abre portas esta quinta-feira, dia 7 de Maio, ao público, às portas de Lisboa. Em plena crise económica nacional e não só, a empresa promotora, a Chamartín Imobiliária, está confiante e explica porquê.

Dia 7, o centro abre com 99% da área comercial colocada, embora nem todas as lojas abram portas logo no mesmo dia. Um facto que o administrador executivo da empresa em Portugal, Artur Soutinho, descreve como sendo «um sucesso tremendo».

O investimento implicado rondou os 300 milhões de euros, cujo retorno só deverá ser atingido dentro de 12 a 15 anos. Com 18 milhões de visitantes previstos por ano, a facturação anual estimada ascende a 280 milhões de euros.

Este será o 13º centro comercial da empresa em exploração e, apesar de o administrador admitir que, nesta fase de crise, houve dúvidas sobre o projecto, não teme a fase má nem a concorrência.

«A concorrência é uma coisa boa, estimulou-nos a fazer um centro comercial melhor, de maior qualidade», afirmou. O Dolce Vita Tejo tem vários centros comerciais por perto, nomeadamente o Odivelas Parque e o Loures Shopping. A sua área de influência tem 2,5 milhões de potenciais clientes, uma vez que este é considerado um shopping «supra regional», ou seja, pretende servir não só a área local onde se insere, mas também toda a Grande Lisboa, graças à sua dimensão e a algumas das lojas inovadoras em Portugal, como a Primark.

Projecto é de longo prazo e independente da crise

«Nesta fase, é natural que as empresas se questionem se estão no caminho certo. A Chamartín também se colocou essa questão, se devia avançar com este projecto ou não. Decidimos seguir em frente. Este é um projecto simples, mas de grande qualidade», explicou Artur Soutinho, admitindo que a fase de gestão e exploração do centro será agora muito importante para afirmar o projecto.

O centro comercial estava pensado desde há quatro anos, quando a actual crise ainda não era visível no horizonte. Quando a crise chegou, «não fazia sentido desistir do projecto, porque um centro comercial é um projecto a 25 anos. Ao longo da sua vida passará por várias fases do ciclo económico, mas durará para além delas».

Na conferência de imprensa de apresentação daquele que será o maior centro comercial da Península Ibérica e um dos maiores da Europa, o presidente executivo do grupo espanhol, Carlos Cutillas, anunciou que o shopping criará 10 mil empregos indirectos, além dos cinco mil directos já anunciados.

Crise: particulares criam redes sociais de crédito

Caso de sucesso na vizinha Espanha. Dificuldade de financiamento junto da banca estimula novos negócios

A crise está instalada e não é só económica. No campo financeiro os impactos são variados, e entre eles está a maior dificuldade em se conseguir um empréstimo junto da banca, seja o cliente particular ou empresa. As condições de concessão de crédito estão cada vez mais apertadas e os spreads cada vez mais altos. Mas, para os particulares, pode haver uma alternativa.

O sistema não é novidade, segundo noticiou recentemente a Renascença, e existe já em vários países europeus, onde os clientes da banca defrontam as mesmas dificuldades. Em alternativa aos bancos e outras instituições financeiras, as pessoas estão a criar uma rede de financiamento entre particulares.
Estas redes, chamadas de crédito «person to person», consistem numa rede social de empréstimos entre particulares. Nestas redes, cujo modelo se estreou na Europa pela mão do Reino Unido, os particulares com dinheiro disponível para emprestar concedem crédito a outros que necessitem de financiamento.

3 mil utilizadores em Espanha em poucos meses

Além do Reino Unido, outros países contam já com redes destas, como a França, a Itália, a Polónia, a Alemanha e até a vizinha Espanha, onde o modelo começa a ganhar terreno. A mediação destes processos é feita por uma empresa, a Comunitae, cujos promotores são José Miguel Rotaeche e Arturo Cervera, dois ex-directores do BBVA. A Comunitae gere a rede e procura assegurar que as coisas correm bem, impondo algumas regras. Os utilizadores ascendem já a três milhares.

De acordo com dados da empresa, os empréstimos contraídos nesta rede podem ir dos três aos 15 mil euros, por períodos de dois ou quatro anos.

Regras para diminuir o risco e seguros de protecção de pagamentos

A Comunitae funciona como os créditos pessoais disponíveis nos bancos. «Os candidatos aos empréstimos são analisados, do ponto de vista do risco» que têm associado, e «é-lhes atribuída uma notação de risco», uma espécie de rating que mede o risco de os devedores deixarem de pagar.

Outra das regras de segurança impostas pela Comunitae é a «diversificação do risco». Ou seja, «o dinheiro emprestado por uma pessoa nunca é atribuído a um único candidato, mas antes dividido por vários», para que o risco de incumprimento seja minimizado.

A empresa está ainda a estudar a criação de um seguro de protecção de pagamentos e tem já uma empresa de recuperação de crédito, que acciona quando os devedores deixam de pagar as prestações.

Comunitae cobra comissões a ambas as partes e juro é acordado entre elas

Neste sistema é cobrada uma comissão anual a quem empresta dinheiro, de 1%, a título de manutenção, e outra de 5% a quem pede o empréstimo.

«A taxa de juro a cobrar pelo empréstimo é fixada por acordo entre as duas partes» e normalmente varia entre os 7 ou 8%, se o risco do cliente for baixo, e os 15%, quando o cliente apresenta maior risco de incumprimento.

Na vizinha Espanha, esta actividade não está regulada pelo Banco de Espanha, por não existir qualquer legislação sobre esta matéria.

Catálogo Maio 2009