quinta-feira, maio 07, 2009

Dolce Vita Tejo abre em plena crise mas com 99% de ocupação

Cria dez mil empregos indirectos e cinco mil directos.Retorno do investimento chega daqui a 15 anos.

O Dolce Vita Tejo abre portas esta quinta-feira, dia 7 de Maio, ao público, às portas de Lisboa. Em plena crise económica nacional e não só, a empresa promotora, a Chamartín Imobiliária, está confiante e explica porquê.

Dia 7, o centro abre com 99% da área comercial colocada, embora nem todas as lojas abram portas logo no mesmo dia. Um facto que o administrador executivo da empresa em Portugal, Artur Soutinho, descreve como sendo «um sucesso tremendo».

O investimento implicado rondou os 300 milhões de euros, cujo retorno só deverá ser atingido dentro de 12 a 15 anos. Com 18 milhões de visitantes previstos por ano, a facturação anual estimada ascende a 280 milhões de euros.

Este será o 13º centro comercial da empresa em exploração e, apesar de o administrador admitir que, nesta fase de crise, houve dúvidas sobre o projecto, não teme a fase má nem a concorrência.

«A concorrência é uma coisa boa, estimulou-nos a fazer um centro comercial melhor, de maior qualidade», afirmou. O Dolce Vita Tejo tem vários centros comerciais por perto, nomeadamente o Odivelas Parque e o Loures Shopping. A sua área de influência tem 2,5 milhões de potenciais clientes, uma vez que este é considerado um shopping «supra regional», ou seja, pretende servir não só a área local onde se insere, mas também toda a Grande Lisboa, graças à sua dimensão e a algumas das lojas inovadoras em Portugal, como a Primark.

Projecto é de longo prazo e independente da crise

«Nesta fase, é natural que as empresas se questionem se estão no caminho certo. A Chamartín também se colocou essa questão, se devia avançar com este projecto ou não. Decidimos seguir em frente. Este é um projecto simples, mas de grande qualidade», explicou Artur Soutinho, admitindo que a fase de gestão e exploração do centro será agora muito importante para afirmar o projecto.

O centro comercial estava pensado desde há quatro anos, quando a actual crise ainda não era visível no horizonte. Quando a crise chegou, «não fazia sentido desistir do projecto, porque um centro comercial é um projecto a 25 anos. Ao longo da sua vida passará por várias fases do ciclo económico, mas durará para além delas».

Na conferência de imprensa de apresentação daquele que será o maior centro comercial da Península Ibérica e um dos maiores da Europa, o presidente executivo do grupo espanhol, Carlos Cutillas, anunciou que o shopping criará 10 mil empregos indirectos, além dos cinco mil directos já anunciados.

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