segunda-feira, janeiro 28, 2008

Projectos turísticos em Évora vão criar quase 4 mil empregos

Estão previstos 11 novos projectos que representam um investimento de 1,8 mil milhões de euros

O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou este sábado que os complexos turísticos projectados para o distrito de Évora, sobretudo para o Alqueva, são da «maior importância», devido ao peso nacional do sector para o emprego, exportações e investimento, avançou a «Lusa».

José Sócrates falava no final de uma sessão, hoje realizada na vila medieval de Monsaraz, onde foram apresentados 11 novos projectos turísticos de «excelência» para o distrito de Évora, num investimento de quase dois mil milhões de euros e que prevêem a criação de 3.754 postos de trabalho.

«Estes projectos turísticos, com grande qualidade ambiental, são da maior importância», disse Sócrates, destacando o peso económico da actividade turística em Portugal.

«É importante para o emprego, para as exportações e para o investimento», afirmou.

O primeiro-ministro lembrou que a região possui apenas, actualmente, um hotel de cinco estrelas.

Vão surgir dez novos hotéis de 5 estrelas

Depois de concretizados os projectos hoje apresentados e sem contar com os resorts previstos para o litoral alentejano, vão surgir no distrito de Évora dez novos hotéis de cinco estrelas.

«Isto quer dizer uma mudança quantitativa, mas esta é de tal significado que representará uma mudança qualitativa», salientou.

O Chefe do Governo enumerou ainda outros investimentos públicos em curso ou projectados para o Alentejo, como a ligação ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e Madrid, atravessando o Alentejo, o aeroporto de Beja e complexo industrial e portuário de Sines.

Os onze novos projectos turísticos previstos para o distrito de Évora, sobretudo para Alqueva, representam um investimento total de 1,8 mil milhões de euros.

Quatro dos complexos estão projectados para Évora, dois para Reguengos de Monsaraz e outros dois para Mourão, estando os restantes previstos para Alandroal, Redondo e Montemor-o-Novo.

A apresentação dos projectos foi incluída na iniciativa «Governo Presente» que começou sexta-feira e termina hoje com passagens por quatro concelhos da região de Évora, três socialistas (Évora, Reguengos de Monsaraz e Borba) e um comunista (Arraiolos).

Reguengos de Monsaraz é um dos concelhos em destaque na aposta dos investidores no turismo associado ao «Grande Lago» e no Alentejo Central, concentrando dois dos empreendimentos de «excelência».

Só o Parque Alqueva prevê metade do investimento global dos 11 empreendimentos que foram apresentados, ou seja, mil milhões de euros, com uma implementação faseada ao longo das próximas duas décadas e a criação de dois mil postos de trabalho.

Classificado como de Potencial Interesse Nacional (PIN), o projecto é da Sociedade Alentejana de Investimentos e Participações (SAIP), liderada pelo empresário José Roquette, e o Plano de Pormenor já foi publicado em Diário da República.

Aldeamentos turísticos, hotéis, agricultura biológica, campos de golfe e de férias, centros equestres, de conferências e de desportos náuticos e unidades de saúde são algumas das valências previstas.

Outro dos projectos das zonas de Reguengos de Monsaraz e de Alqueva é o da Herdade do Barrocal, também classificado como PIN e com um investimento previsto de 90 milhões de euros, tendo o respectivo Plano de Pormenor sido igualmente aprovado.

O investimento, resultante de uma parceria entre a família de Maria do Carmo Martins Pereira e o grupo Aquapura, constituído por António Mexia, Diogo Vaz Guedes e Miguel Simões de Almeida, prevê um hotel, unidades de alojamento e agricultura biológica.

«O Parque Alqueva aguarda a declaração de utilidade pública dos terrenos e, depois, seguem-se os processos de licenciamento, para o início das obras das infra-estruturas no segundo trimestre deste ano», disse hoje à agência Lusa o vice-presidente do município, José Gabriel Calixto.

Fonte: Agência Financeira

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