terça-feira, dezembro 11, 2007

Entrevista ao jornal "O Primeiro de Janeiro"



Quando a união se torna imagem de marca

1- Como é que foi constituído o Grupo Prime e quais os objectivos subjacentes à sua criação?

O Grupo Prime nasceu em 1999 com a fusão das bases de dados de imóveis para comercialização de 4 empresas de mediação. O objectivo fundamental era permitir que cada uma dessas pequenas empresas dispusesse de uma oferta alargada no atendimento a clientes interessados em adquirir um imóvel. Actualmente, um cliente de qualquer empresa do Grupo Prime dispõe de uma oferta de aproximadamente 7.000 imóveis, organizados numa base de dados rigorosamente gerida pelo escritório central. Aproveitando a qualidade da nossa organização de dados, fomos a vanguarda no aproveitamento da Internet para angariar clientes, tanto através do nosso site como da exportação dos nossos dados para os portais imobiliários. Participamos hoje em dia de dezenas de portais imobiliários nacionais e internacionais, que nos enviam mensalmente centenas de contactos de clientes para serem atendidos pelas 16 empresas do grupo.
Desenvolvemos ainda uma marca comum, a Prime, que oferece a qualquer empresa do grupo, mesmo tendo acabado de aderir, uma identificação imediata junto dos clientes. No sentido de permitir a afirmação de características e personalidade próprias a cada empresa, estas identificam-se sempre com a sua própria marca, mas são obrigadas a informar que pertencem ao Grupo Prime.
A organização colectiva adoptou a forma de um Agrupamento Complementar de Empresas, sem fins lucrativos, o que se traduz num custo mínimo para as empresas, que usufruem de todos os lucros da actividade.

2- Na vossa opinião, quais foram as vantagens e obstáculos sentidos pelo facto de o grupo resultar da junção de várias empresas distintas?

A junção de um conjunto diferenciado de experiências e posicionamentos no mercado é enriquecedora e permite o desenvolvimento de sinergias comerciais. Por outro lado, é por vezes difícil chegar a plataformas de entendimento. O facto da viabilização do Grupo Prime ser vital para o desenvolvimento da maioria das empresas que o compõem tem sido um forte catalizador desse entendimento.

3 – Como caracteriza a filosofia de funcionamento do grupo?

O Grupo Prime nasceu com a missão de contribuir decisivamente para a viabilização das pequenas mediadoras portuguesas. Constitui-se, assim, numa organização que está por trás das empresas fornecendo-lhes as condições necessárias para que tenham sucesso. O que nos distingue decisivamente das outras grandes organizações é que, entre nós, tudo se decide em função do interesse das empresas que constituem o grupo. Não existe o interesse próprio central. São as empresas que mandam na organização e não o contrário.

4 – O Grupo Prime tem parcerias criadas com outras imobiliárias? Se sim, quais são as principais vantagens destas ligações?

O Grupo Prime trabalha para os seus membros e está sempre disponível para discutir com novos potenciais parceiros a possibilidade de pertencerem a este grupo. Não faz sentido ter criado este projecto para depois o disponibilizarmos para empresas que não estejam connosco. O que não quer dizer que não estudemos pontualmente a possibilidade de desenvolver parcerias que se mostrem interessantes para o conjunto dos membros do grupo, particularmente quando oferecem a possibilidade de actuarmos em regiões em que não nos encontramos organizados.

5 – Em termos de serviço como pode ser caracterizado o nível de acompanhamento que proporcionam aos dois tipos de clientes, comprador e vendedor?

A principal vantagem que o cliente comprador encontra no Grupo Prime é uma grande e bem organizada base de dados, sempre actualizada, com muita informação sobre os imóveis, incluindo sempre fotografias. Isto permite uma grande poupança de tempo e esforço aos clientes, uma vez que apenas se deslocam para visitas aos imóveis em que já identificaram previamente um interesse específico.
Ao cliente vendedor individual oferecemos a inclusão do seu imóvel numa base de dados com a qualidade referida, à qual acresce a divulgação numa grande quantidade de portais, nacionais e internacionais, na Internet. Além disso, estamos organizados de modo a que, seja qual for a mediadora que tem um cliente interessado no imóvel, a relação com o proprietário dá-se sempre através da empresa que estabeleceu o Contrato de Mediação, garantindo assim a personalização da relação do proprietário com o Grupo Prime.
O mesmo aplica-se na relação com os promotores imobiliários, que ao celebrarem o Contrato de Mediação com uma empresa do grupo, acedem a uma força de vendas de 16 empresas mantendo sempre a empresa angariadora como a interlocutora única no desenvolvimento da comercialização do empreendimento.


6 – Os contratos de mediação efectuados com os proprietários são em regime de “exclusividade” ou “não exclusividade”? Porquê?

A nossa opção é, em geral, pelo regime de não exclusividade. Desta maneira somos capazes de disponibilizar ao cliente comprador uma oferta muito completa de opções, o que atrai e fideliza uma grande quantidade de clientes. No entanto, há situações particulares em que se justifica a angariação em exclusivo, permitindo que a mediadora faça investimentos específicos na comercialização do imóvel.
Na relação com os promotores imobiliários, a situação já tem características diversas, havendo muitas vantagens de parte a parte na celebração de contratos em regime de exclusividade. Seja em conjunto ou individualmente, as empresas do grupo têm alguns empreendimentos em comercialização neste regime e estamos a desenvolver contactos que nos permitam aumentar brevemente esse número.

7 – Na vossa perspectiva, que importância assume a formação neste sector e no vosso grupo, em particular?

A necessidade de formação no sector é evidente. Já se têm desenvolvido através das associações profissionais, de empresas de formação e nas próprias empresas de mediação diversas acções desse tipo. O mercado da mediação, como aliás todos os mercados em geral, exige cada vez mais níveis superiores de competência que nunca poderão ser atingidos sem a implementação de acções de formação bem planeadas e dirigidas.
No Grupo Prime, a formação tem estado a cargo das empresas individualmente, mas está em desenvolvimento a implementação de um programa de formação a nível do Grupo.

8 – Nota que a qualidade dos serviços prestados tem contribuído de alguma forma para a fidelização de clientes?

Isso é uma forte realidade nas empresas do Grupo. Todo o reconhecimento e prestígio que temos no mercado deve-se, quase exclusivamente, há qualidade do trabalho desenvolvido. Temos uma grande percentagem de fidelização e de clientes indicados por clientes. É de facto a qualidade do nosso trabalho que nos tem permitido a afirmação crescente num mercado hoje fortemente atacado por grandes empresas multinacionais com grande capacidade de investimentos publicitários e estruturais.

9 – Qual é a vossa área geográfica de actuação?

Actuamos principalmente no mercado do Norte de Portugal, com particular incidência no Grande Porto, onde a maioria das empresas tem a sua sede.

10 – Quais as principais mudanças perspectivadas para o futuro?

Estamos a trabalhar no Marketing do Grupo, que ainda se encontra aquém das necessidades e tem um grande potencial de desenvolvimento.
Do ponto de vista do mercado, temos como objectivo a comercialização de empreendimentos de referência em regime de exclusividade. Muito brevemente iniciaremos a comercialização dos edifícios Loop e Pateo do Bonjardim, na Praça D. João I, no Porto, que são símbolos da qualidade que pode ser atingida no âmbito da intervenção que hoje se desenvolve no centro da cidade do Porto.

11 – Concorrência e competitividade são duas realidades distintas. Sabendo que existem inúmeras imobiliárias, especialmente multinacionais que têm vindo a implantar-se no nosso país, como analisa a concorrência?

A chegada em força das multinacionais da mediação ao nosso país foi um choque no mercado. O nível do Marketing, organização empresarial e profissionalismo apresentado por essas empresas não existia em Portugal, e permitiu-lhes uma rápida e poderosa implementação no mercado, à qual muitas das empresas portuguesas tradicionais não foram capazes de responder. O sucesso do Grupo Prime deve-se ao desenvolvimento de valências específicas decorrentes do conhecimento muito mais apurado das características e particularidades dos intervenientes no mercado, que nós possuímos a partir da nossa experiência histórica. Paralelamente, temos que desenvolver continuamente o grau de organização empresarial, o profissionalismo e a qualidade da nossa intervenção, bem como a capacidade de encontrar soluções criativas para os diversos desafios com que nos defrontamos.

12 – Que mensagem gostaria de deixar aos actuais e futuros clientes?

Que temos muito orgulho e satisfação no retorno que temos tido do nosso esforço e que estamos a trabalhar para nos tornarmos cada vez mais capazes de ser o parceiro ideal para resolução das suas necessidades no mercado imobiliário.
Gostamos que os nossos clientes se manifestem sobre a qualidade do serviço que prestamos. Com isso crescemos. Com isso e com o respeito que merecemos pelo trabalho que desenvolvemos.


Domingos de Cabral Machado
(Administrador Grupo Prime)

Fonte: O Primeiro de Janeiro (Suplemento Concelhos do dia 5.12.07)

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