A reciclagem do dinheiro sujo está a deparar com uma resistência cada vez mais profícua por parte da UIF e da PJ.
A Unidade de Informação Financeira (UIF) da Polícia Judiciária (PJ) suspendeu 13 transacções no montante de 37,8 milhões de euros por suspeita de branqueamento, nos primeiros nove meses do ano, avança o «Público».
Esta cifra representa um acréscimo de 68 por cento em relação ao montante congelado durante todo o ano passado, período em que a UIF congelou 22,4 milhões de euros. Das 235 denúncias investigadas pela UIF, 84 estiveram associadas a depósitos em numerário, 45 por troca de notas, 42 resultaram de transferências do estrangeiro e 20 de transferências bancárias.
De acordo com os dados apurados no 3.º trimestre deste ano, verifica-se que a fraude fiscal é o crime subjacente à reciclagem de dinheiro, com 71 situações suspeitas, ao passo que em número mais reduzido surgem outros quatro crimes: burla (quatro), tráfico de estupefacientes (dois), corrupção e falsificação de documento (um).
Em comparação com o primeiro semestre, verifica-se uma diminuição do leque de crimes que geraram lucros ilícitos, cuja origem foi tentada dissimular. A fraude fiscal lidera o rol, com 159 casos, seguida pelo tráfico de estupefacientes (18) e pela burla (oito).
Até Junho último, o número de casos de corrupção, quatro, foi igual ao de auxílio à imigração ilegal. A tentativa de branqueamento de dinheiro sujo terá ocorrido na sequência da prática de um crime de tráfico de armas, de tráfico de espécies, de um furto e viciação de veículo e de fraude na obtenção de subsídio.
Fonte: Agência Financeira
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