quinta-feira, outubro 25, 2007

A secretária de Estado dos Transportes reafirmou que o Aeroporto Sá Carneiro, Porto, vai ter uma ligação ao TGV, mas só depois de 2013.

«Não me posso comprometer com o timing», disse Ana Paula Vitorino no Porto, num debate sobre «O futuro do Aeroporto do Porto: Rede ferroviária e modelo de gestão», organizado pela Junta Metropolitana do Porto (JMP).

Segundo a agência «Lusa», a governante salientou que a ligação ao aeroporto «não estava estudada tecnicamente», o que impede o Governo de se comprometer com uma data para a sua conclusão, designadamente ao mesmo tempo que a linha Porto-Vigo, que deverá abrir à circulação em 2013.

Ana Paula Vitorino referiu que estão a ser equacionadas várias alternativas, entre as quais a ligação «maioritariamente em túnel» entre Campanhã e o aeroporto, solução que custará cerca de 600 milhões de euros.

A Rave, Rede Ferroviária de Alta Velocidade, está também a analisar a viabilidade física, económica, financeira e ambiental das alternativas de ligação do aeroporto à estação de Nine ou a criação de uma «variante», que faça a ligação Sul-Norte com passagem pelo aeroporto e pelo Porto de Leixões.

A secretária de Estado disse também que «a estação central de alta velocidade no Porto será Campanhã», porque foi considerada viável a utilização da Ponte S. João.

Contudo, será reservado um canal para que, no futuro, se possa optar por um troço ferroviário que tenha uma travessia do Rio Douro independente da que existe.

A linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto, que estará concluída em 2015, vai ser independente da actual Linha do Norte, que passará a ser utilizada apenas pelos comboios regionais, suburbanos e de mercadorias.

O único troço comum será a ligação entre Gaia e Campanhã, pela Ponte S. João.

Carlos Fernandes, administrador da Rave e da Refer, afirmou que não vai haver congestionamento desta ponte nem atrasos na travessia do rio, quando as duas linhas estiverem a funcionar em simultâneo, porque «é um troço muito curto».

Ana Paula Vitorino considerou «absolutamente fundamental» fazer um novo troço entre Braga e a fronteira com a Galiza, porque o actual está «manifestamente degradado», e recordou que o objectivo fixado para a ligação Porto-Vigo é de uma hora de viagem, pelo que o comboio irá circular a 250 quilómetros por hora.

Fonte: Agência Financeira

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